Indústria do Rio espera 2011 com mais produção e contratações

A indústria do Rio espera um ano de demanda aquecida, aumento da produção, novas contratações e aumento de investimentos. Essas são as conclusões da pesquisa Nível de Atividade e Expectativas das Indústrias Fluminenses. A pesquisa foi realizada pelo Sistema FIRJAN com 297 indústrias que empregam 58.821 trabalhadores, no período de 30 de novembro a 8 de dezembro.

O objetivo foi investigar as perspectivas para 2011 e o nível de atividade deste quarto trimestre de 2010. A expansão da produção no próximo ano foi citada por 70,7% das empresas, inclusive com elevada contratação de mão de obra qualificada.

O mercado de trabalho seguirá em expansão: 78,8% das empresas pesquisadas mantiveram ou aumentaram seu quadro de pessoal no período em comparação a 2009, e para 2011 52,9% dos entrevistados preveem nova expansão. Os investimentos serão maiores no ano que vem para 61,3% dos empresários.

Sobre as áreas do setor produtivo com maiores chances de contratações, os entrevistados apontaram linha de montagem (52,5%) como a campeã. Os principais vetores de crescimento econômico do estado serão a Copa do Mundo de 2014 (56,9%) e as Olimpíadas de 2016 (39,7%), à frente da exploração dos poços de petróleo do pré-sal e da instalação do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj).

Para o presidente do Sistema FIRJAN, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, os maiores entraves para o crescimento são a questão tributária, a segurança e a saúde pública. A CPMF também será mais um fator que pode dificultar porque vai pressionar preços e isso vai induzir a inflação.

- Será um desastre para a economia brasileira voltar com a CPMF. Precisa haver um esforço de contenção dos custos correntes do Brasil. Só assim vamos ter recursos para investir em infraestrutura - afirmou o presidente.

Perguntas especiais sobre o impacto de medidas tributárias mediram a reação dos empresários a um possível aumento de custos. No caso da volta da CPMF, por exemplo, 39,1% repassariam esse impacto para os preços finais, o que aponta como consequências inflação e impacto negativo no mercado de trabalho.

Já no caso do Fundo Estadual de Combate à Pobreza, recentemente renovado, a pesquisa sondou os empresários sobre o que fariam com o recurso adicional caso ele fosse extinto. Mais de 45% deles investiriam em máquinas e equipamentos; 25,6% capacitariam mão de obra; e 20,2% contratariam mais.

Para o Estado do Rio, uma em cada quatro empresas opera em ritmo de produção acima do esperado no último trimestre de 2010, ratificando o aquecimento das atividades observadas no período. Apesar de a maioria dos entrevistados (62,6%) não ter sido surpreendida pela demanda atual, 27,6% apontaram alguma dificuldade no atendimento. Entre os que têm problemas, as principais dificuldades são contratação de mão de obra (55,2%) e compra de matéria-prima (31,4%).

As áreas do setor produtivo com maior contratação nos últimos 12 meses foram linha de montagem (46,8%), mas controle de qualidade e manutenção ganharam espaço com o alto nível de atividade. Apenas 15,8% das empresas do Rio não contrataram no setor produtivo em 2010.

Com relação aos resultados alcançados pela empresa no ano, 81,1% dos empresários apontaram que foram bons ou muito bons. Porém, poderiam ter sido ainda melhores caso alguns entraves tivessem sido superados, como indicaram 46,1% dos entrevistados. Esses problemas foram divididos na pesquisa entre estaduais e federais. No âmbito estadual, o diferencial de ICMS do Rio em relação a outros estados foi o principal entrave apontado. Em âmbito federal, a carga tributária e os custos trabalhistas despontaram.

Créditos à Subsecretaria de Comunicação Social

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